Visitei a pé, sozinho, esses locais. A energia que emana é desconfortável, não há como não se transportar na história nem como não sentir uma "energia diferente" que não sei explicar. Por emoção, não consegui fotografar o Morro da Degola (não preciso comentar o porquê do nome) onde um destacamento inteiro de soldados foi dizimado... e nem o Vale da Morte, onde os corpos das centenas de seguidores de Conselheiro ainda jazem, dizem que a dois metros de profundidade, na terra. Este local faz a gente chorar. Do nada. Eita!
Os marcos se sucedem pelo terreno inteiro... tudo desértico...
O lugar chamado Alto da Favela, onde há um cruzeiro, e marcos históricos das batalhas
Esta mesma vista está retratada por desenho de Euclides da Cunha em "Os Sertões". Incrível como retratou "fotograficamente", a caneta, o local.
No local há a reprodução do "plano de batalha" do exército na "ofensiva final".
Fiz alguns amigos no Panteão da Prefeitura, (que estava fechado para reformas e com o acervo encaixotado), e no Museu, administrado por uma ONG, onde valeria a pena ver o "Cruzeiro" da época, crivado de balas que está guardado na capela, mas a zeladora da capela havia ido visitar a mãe no sítio e levado a chave... nem protestei...
A HISTÓRIA QUE ME CONTARAM
Antonio Conselheiro comprou e pagou as madeiras para a construção de uma igreja em Canudos. A madeireira, localizada a 150 km em Juazeiro (BA) demorava para entrega-las alegando falta de transporte. Conselheiro resolveu entao ir busca-las a pé. Reuniu 15000 pessoas e, em romaria, trouxeram a madeira na mão. A repercussão que chegou aos ouvidos militares da época foi que se tratava de uma revolução. Foi destacada uma companhia para "abafar" a revolta, que foi derrotada... e outra... e mais outra... até que o poderio militar se fez presente... Isso os descendentes das pessoas que conseguiram sobreviver me contaram na mesa de um bar, olhando nos meus olhos... Então, como dizem por lá: faltou mesmo só uma conversa... não havia insurreição alguma.
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